Foto: ed. Egmont
No romance “A Garota do Retrato” de Gergana Lapteva, a ação se desenvolve paralelamente na Bulgária e na Argentina. As duas histórias descrevem eventos históricos da década de 1920 até os dias atuais de diferentes pontos de vista. Alguns anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Bulgária tentou consolidar as suas posições no mapa político europeu, ao mesmo tempo que lutava com as suas flutuações internas ditadas pelo governo de Alexander Tsankov. É uma época de decisões fatídicas, de divisões dramáticas e de alianças promissoras.
“A Garota do Retrato” é o último romance de Gergana Lapteva, chefe do departamento de “Cultura” do Instituto Antártico Búlgaro (BAI) e autora dos romances “As Moedas”, “Perfume Divino”, “O Segredo de Apamea ” e “A Terceira Camada”. O livro é inspirado em acontecimentos reais, utilizando dados dos arquivos da Agência Estatal “Arquivos”, do Ministério da Administração Interna, do Museu de História Nacional, do Museu de História Militar, bem como artigos de imprensa e depoimentos de testemunhas oculares desses anos. Os participantes das entrevistas com os imigrantes búlgaros na Argentina também são pessoas reais.
Mais sobre o livro
O primeiro enredo nos apresenta Kalina Borisova – uma jovem e ambiciosa jornalista encarregada de conduzir uma entrevista com a ópera prima Eleonora Ognyanova-Brumova, uma das grandes estrelas de meados do século XX. A ocasião é o aniversário da fundação da Ópera Búlgara. Ao fazer as suas perguntas, a jornalista mergulha gradualmente na atmosfera de Sófia entre as duas guerras mundiais e vê a sua cidade natal sob uma luz completamente diferente. As lembranças da cantora a levam pelas ruas sinuosas da capital, do Teatro Nacional e do Union Club à Biblioteca Municipal, à Igreja de São Spas e à Catedral Católica de São José – edifícios, muitos dos quais hoje não existem mais, mas tornaram-se um símbolo desta época passada.
Romântica e sensível por natureza, Kalina aos poucos se aproxima da velha senhora, e uma entrevista aparentemente simples se transforma em uma amizade sincera. O que chama fortemente a atenção do jornalista é o retrato de uma jovem pendurado na parede da casa de Eleonora. Retrata Rada – tia de Eleonora, que morreu no ataque à igreja do “Domingo Santo” em 1925, junto com seu marido – um oficial superior do exército búlgaro. O artista é desconhecido, assim como grande parte da história da vida de Rada Ognyanova. O instinto e o talento jornalístico sugerem a Kalina que por trás do retrato da linda menina há algo mais, algo extraordinário.
No segundo enredo, continuando sua pesquisa, Kalina vai para Nápoles e depois para Buenos Aires. Percebendo que na realidade Rada não morreu no atentado à bomba na igreja, mas escolheu o amor e a liberdade, abandonando a vida anterior e dando à luz a filha na terra do vinho e do amor, a jornalista parte em seu caminho, com o objetivo de encontrá-la viva. parentes entre as centenas de imigrantes búlgaros e seus descendentes que vivem no exterior. Muitas reviravoltas inesperadas se seguem até que a verdade sobre a garota do retrato seja revelada.
Este é um romance sobre a liberdade de escolha e o preço da honra, sobre o dever para com o país e para com nós mesmos. Uma história sobre a busca do amor como uma jornada que nos ajuda a ouvir nossos próprios sonhos e anseios.